"Em vez de amor, dinheiro, fé, fama e equidade...me dê a verdade" Thoreau
Talvez precisem acontecer coisas muito intensas na minha vida pra eu conseguir escrever. Algumas boas, outras ruins. Hoje, definitivamente, é uma ruim. Mas não deixa de ser inspiradora e de trazer uma série de significados e aprendizados. Afinal, como bem disse Paulo Mendes Campos, na sua crônica “Para Maria da Graça”, “em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente”.
A verdade, o que é a verdade? Essa é uma pergunta um tanto filosófica, e, dentre tantas divagações sobre o tema (no qual eu sou uma semi analfabeta, diga-se de passagem) Nietzsche fala que a verdade é, essencialmente, “a verdade do rebanho”. E não deixa de ser. Todas as nossas percepções do que seria verdade são atreladas à nossa concepção de mundo, que apreendida socialmente, culturalmente e possui várias conexões com o que é “verdade” para as pessoas ao nosso redor. É difícil transpor esse sentido de verdade e procurar uma verdade verdadeira que não tenha nenhuma conexão com a realidade social/cultural, né? E essa “verdade” muda no tempo, no espaço... Mas não tou falando da busca desse tipo de verdade.
A verdade que eu procuro é uma mais intrínseca. O que eu sinto é o que sei. A verdade de dizer a verdade. A verdade de viver a verdade. A verdade de sentir de verdade. A verdade de ser de verdade... Poderíamos dizer assim? Poderíamos, sim.
Não é que na vida esses clichês toscos, que a gente sempre acha que nunca vão acontecer com a gente, acabam acontecendo. E, quando são com a gente, não são tão clichês assim. Eles machucam. E machucam de verdade, quase chegando a corroer. E o que a gente faz? Vive. E transforma todo aquele caos em algo bonito. E se consegue fazer isso? Sim... porque a gente faz isso o tempo todo. O tempo todo.
Meus dias nublados estão começando. Sejam bem vindos. Mas quando passarem, eu quero ver um sol bem lindo entrar pela janela!
Essa música me diz muito nesse momento. E com ela, eu encerro.
:)
Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo
Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás